"Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti." Santo Agostinho

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um sonho erguido aos pés da cruz


Na última série sobre o primeiro ano das obras da construção, relembre uma moção muito marcante.
Quem circula pela Via Dutra, pode ver, quando passa pelo município de Canas/SP, uma grande cruz azul de 12 metros de altura. Sob ela, uma estrutura triangular. Esta é a capela Cenáculo de Nossa Senhora de Pentecostes, primeira edificação a ser erguida na Sede Nacional da RCCBRASIL.
A cruz referida no início do texto foi feita antes que qualquer outra construção. E depois de ela ter sido feita, como não acreditamos que seja coincidência, mas providência, nos lembramos de uma moção dada por Deus ao Movimento no ano de 2007, durante o Congresso Nacional que celebrou o Jubileu de 40 anos da RCC no mundo.
Leia:
“Porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1, 37.45).
Sem que houvesse sido planejado dessa forma, a primeira edificação da nossa sede nacional foi a cruz, ao lado da capela de Nossa Senhora de Pentecostes. Isso nos fez lembrar de uma profecia que recebemos: “Erguei  a minha cruz sobre os vossos sonhos, a minha cruz que representou a derrota dos sonhos daqueles que pensaram que Eu iria restaurar imediatamente o reino de Israel, que ao me verem morrer na cruz viram morrer também o seu sonho de libertação das mãos do opressor. Estes não entenderam que Eu os libertei sim do verdadeiro opressor. Quando erguerdes a minha cruz sobre os vossos sonhos, o meu sangue lavará e restaurará corações desapontados e descrentes por terem visto tantos de seus sonhos ruírem. Eu lavarei as feridas da mágoa e desapontamento e tristeza profunda no meu sangue redentor. Eu resgatarei a verdade e cancelarei toda a ilusão e mentira a respeito da felicidade. Eu realizarei cura profunda em vosso interior para que volteis a crer e a sonhar. Eu lavarei no meu sangue a vossa visão para que possais ver os bens futuros que lhes preparei. Lavarei também no meu sangue todos os envolvidos, todas as pessoas e circunstâncias das quais dependeis para realizardes vossos sonhos. Eu vos libertarei das amarras da descrença, do fracasso, das palavras de maldição, do fatalismo e vos deixarei livres para sonhar, sem traumas, sem medos, sem nada que os prenda”.
Confirmação: “Porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1, 37.45).
Que cada um ore ao Senhor, perguntando o que significaria erguer a sua cruz sobre seus sonhos. A moção é que erguer a cruz de Jesus é ter uma atitude diferente daquela apregoada pelos valores que o mundo nos oferece. Para uns significará perdoar como Jesus perdoou, para outros será amar até as últimas consequências, para outros ainda será entregar-se com toda confiança nas mãos do Pai. Na oração o Senhor haverá de mostrar a cada um de nós o tipo de atitude que demandará de nossa parte para testemunharmos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e termos a sua cruz, que é o símbolo de nossa pertença a Ele, erguida sobre nossa vida.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Diferença entre a música litúrgica e música de show

"Existe uma diferença tremenda entre as músicas tocadas em shows com relação às músicas litúrgicas. Infelizmente, nós músicos queremos, muitas vezes, misturar as coisas. A forma que se toca na celebração da Santa Missa é bem diferente da forma que se toca em um show. O show é um show, a própria palavra "show" quer dizer "expor". Na liturgia temos que ter outra dinâmica, como, por exemplo, o músico deve cantar com doçura, afinação e humildade. As pessoas, quando olharem para nós músicos no altar, precisam perceber uma unção espiritual em nós. Nós não estamos ali para aparecer, o único que deve aparecer na Santa Missa é Jesus, que é ali oferecido ao Pai. Nós todos estamos ali a serviço da liturgia.

O músico precisa cantar de uma forma 'lisa', sem fazer firulas, sem fazer portamento, sem colocar muitos enfeites. Ele deve cantar como a assembleia canta. O músico precisa escolher as músicas na tonalidade que o povo consiga cantar.

O cantor litúrgico precisa ter uma vida de oração; ele precisa aprender a servir com a humildade de Nossa Senhora.



Atenção, músicos: quando vocês estiverem tocando na Santa Missa não usem acordes dissonantes em seu instrumento. Dissonância já diz: é uma dissonância, é uma harmonia na qual entram notas que não são harmônicas, muito usadas no jazz, na bossa nova e outros estilos de música. Mas na liturgia devemos usar acordes mais simples: tônicas, terceira, quinta, uma sétima menor, às vezes, uma quarta suspensa, que é uma nota de passagem. Porque, se você usar dissonância, as pessoas não vão mergulhar em Deus, pois essas notas dissonantes na liturgia podem despertar outros desejos no corpo, na mente e no espírito e também na sexualidade das pessoas. Porque os acordes dissonantes são gerados exatamente para mexer com a pessoa; na liturgia temos que tocar acordes doces para o bem do Reino de Deus".

Além desse conteúdo, maestro Urbano Medeiros dá dicas especiais para você que toca saxofone, instrumentos de harmonia: teclado, guitarra, violão e baixo, bateria e instrumentos de cordas.

"Músico, quando você estiver tocando na liturgia, em uma celebração da Santa Missa, toque como se você estivesse tocando para o melhor músico do mundo. Aliás você está tocando para o melhor músico do mundo: Deus, a Santíssima Trindade, e manifeste em seu semblante um ar de bondade, de alegria, de glória, de júbilo e de paz", aconselha o maestro.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Ciclo Carismático


Conheça mais, neste artigo do coordenador nacional do Ministérios de Pregação, Lázaro Praxedes, sobre a metodologia básica das nossas reuniões de oração
Por Lázaro PraxedesCoordenador Nacional do Ministério de Pregação
Grupo de Oração Fonte de Água Viva
Um dos mais belos relatos bíblicos de um relacionamento de intimidade entre Deus e um homem certamente é aquele narrado no I Samuel 3, 4-10. Depois de ser orientado pelo sacerdote Heli, o menino Samuel aprendeu que era preciso sintonizar seu ouvido com a boca de Deus, através da oração. Não há nenhuma referência posterior falando de outra dificuldade semelhante, ele aprendeu a ouvir a voz de Deus.
Este é um desafio que precisa ser vencido por todos aqueles que desejam se aventurar na vida no Espírito: aprender a se colocar em permanente escuta, pois o Espírito Santo deseja dirigir, orientar nossas vidas.
Deus deseja revelar-se a nós, para isto precisamos nos manter em constante oração para discernir qual a direção a seguir, qual a vontade de Deus para esta ou aquela situação de nossa vida. Esta é uma das características da Renovação Carismática Católica: estar continuamente a escuta do Espírito Santo. Em nosso Movimento, não apresentamos a Deus os nossos projetos para que sejam abençoados, ao contrário disto, perguntamos a Deus quais são os Seus projetos.
Sendo nosso Deus um Deus vivo, é natural que responda às nossas orações. Nossa oração não deve ser de forma alguma um monólogo, no qual nos colocamos diante de Deus e simplesmente despejamos nossos problemas, pecados, medos, sonhos. Ao contrário, deve ser um diálogo, no qual falamos com Deus e em seguida silenciamos para ouvir sua voz, que nos orienta, direciona, exorta e consola. Ao nos colocarmos em oração, devemos ter a certeza que Deus deseja responder-nos. No entanto, para isso precisamos aprender a silenciar.
Em nossas reuniões de oração, cria-se assim o que é denominado em nosso ambiente de “ciclo carismático”, que é composto pelos seguintes elementos:
a) Oração, louvor (cânticos ou preces)
b) Orações em línguas
c) Momento de silêncio
d) Profecia
e) Resposta à palavra dirigida pelo Senhor, com exultante louvor
Para ouvirmos a voz de Deus, é preciso cultivar em nossas reuniões de oração momentos de silêncio, que são extremamente fecundos, pois é no silêncio que o Espirito Santo irá falar conosco em profecia, ou nos dar o tom a ser seguido na condução da oração.
O silêncio não é somente a ausência de algum barulho exterior, mas uma atitude interior, de alguém que com fé expectante aguarda ouvir a voz do Senhor. Quando nos colocamos diante da presença de Deus desta maneira, com toda certeza ouviremos a sua voz suave em nosso interior.
A Exortação Apostólica Pós Sinodal Verbum Domini em seu número 14 diz o seguinte:
"Consequentemente, o Sínodo recomendou que se ajudassem os fiéis a bem distinguir a Palavra de Deus das revelações privadas, cujo papel não é (…) “completar” a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época histórica. O valor das revelações privadas é essencialmente diverso do da única revelação pública: esta exige a nossa fé; de fato nela, por meio de palavras humanas e da mediação da comunidade viva da Igreja, fala-nos o próprio Deus. O critério da verdade de uma revelação privada é a sua orientação para o próprio Cristo. Quando aquela nos afasta d’Ele, certamente não vem do Espírito Santo, que nos guia no âmbito do Evangelho e não fora dele. A revelação privada é uma ajuda para a fé, e manifesta-se como credível precisamente porque orienta para a única revelação pública. Por isso, a aprovação eclesiástica de uma revelação privada indica essencialmente que a respectiva mensagem não contém nada que contradiga a fé e os bons costumes; é lícito torná-la pública, e os fiéis são autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão. Uma revelação privada pode introduzir novas acentuações, fazer surgir novas formas de piedade ou aprofundar antigas. Pode revestir-se de um certo caráter profético (cf. 1 Ts 5, 19-21) e ser uma válida ajuda para compreender e viver melhor o Evangelho na hora atual; por isso não se deve desprezá-la."
Assim, precisamos valorizar o Ciclo Carismático em nossa oração pessoal e também em nossas reuniões de oração, pois uma palavra profética, como nos ensina a Verbum Domini traz uma nova ênfase sobre determinado aspecto sobre aquilo que já nos foi revelado em Cristo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

VII RezAreia


1.                  Recomendações

1.1              Levar seus kits pessoais
1.1.1.      Kit Higiene (Escova dental, Sabonete, Creme Dental, Toalha...)
1.1.2.      Kit Cozinha (Prato, Talheres, Copo, Xícara. Obs.: Espontâneo)
1.1.3.      Kit Religioso (Bíblia, Terço, Caderno para anotações e Caneta)

1.2              Após ter iniciado o encontro, o mesmo limita-se as imediações do colégio, não se estendendo para fora dele. Cumprindo-se também todos os horários do evento.

1.3              O colégio será dividido em duas alas: masculina e feminina, sendo assim não será permitido que os homens transitem pela ala feminina, o mesmo, para as meninas a ala dos meninos.

1.4              As roupas utilizadas no retiro devem ser compostas evitando saias justas, bermudas, roupas curtas, vestidos. Não será permitido também sair nos corredores com roupas de dormir ou enrolados em toalhas, lenções ou cobertores.

1.5              Os horários de dormir e despertar, café, almoço, janta, terço, intervalos, banho e atividades na quadra precisam ser seguidos a risca para evitarmos transtornos.

1.6              Não só por estarmos em um retiro, mas reconhecendo o próximo como nosso irmão precisamos nos respeitar, evitando incomodo ou perturbações.

1.7              Aos casais de namorados cabe-se o respeito  ao ambiente, onde estaremos vivendo momentos de profunda intimidade com Deus, assim, evitem intimidades para não passarem por constrangimentos.

1.8              Qualquer dúvida terá a equipe de serviço que poderá lhe ajudar, estarão todos identificados.

2.                  Contrato
           
            Ao realizar a inscrição deste evento você se torna como nós responsável também por ele. Por isso precisamos de sua colaboração para que nosso retiro seja organizado e as regras sejam cumpridas.
           
            Efetuando a inscrição me comprometo em cumprir as regras de horário, de limpeza, organização, de limites quanto aos quartos e banheiros e a obedecer as decisões e ordens da equipe   dirigente (equipe de serviço). Entendo que sou responsável por tudo aquilo que me pertence seja de valor ou não. Por fim me comprometo a cumprir todas as regras do retiro, sabendo que se alguma delas for violada terei que sair do evento.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------




_______________________________                               _______________________________

Assinatura do participante                                                  Assinatura da coordenação

Eventos da RCCBRASIL em 2012: o que você precisa saber


Confira informações importantes para se preparar para o Encontro Mundial de Jovens da RCC ou para o Congresso Nacional
Muitas pessoas têm entrado em contato com o Escritório Nacional solicitando informações para organizarem suas caravanas para o Encontro Mundial de Jovens da RCC e também para o XXX Congresso Nacional da RCCBRASIL, ambos eventos a serem realizados, simultaneamente, em julho de 2012.
Por isso, listamos abaixo, algumas informações importantes referentes a estes dois grandes encontros.
Data e local: Tanto o Encontro Mundial de Jovens da RCC quanto o Congresso Nacional da RCCBRASIL serão realizados entre os dias 10 a 15 de julho, no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, estado do Paraná;
Eventos paralelos: Como os encontros acontecerão ao mesmo tempo, as inscrições para os eventos serão independentes uma da outra. Quer dizer que quem se inscrever para o XXX Congresso Nacional não poderá participar das atividades do Encontro Mundial de Jovens. Da mesma forma, não será permitido o acesso à programação do Congresso Nacional para os inscritos apenas no Encontro Mundial.
Quem pode participar: Qualquer pessoa que se simpatize com o Movimento, participe de Grupos de Oração,  coordenador ou liderança dentro da Renovação Carismática do Brasil pode participar do Congresso Nacional. O Encontro Mundial é destinado aos jovens do mundo inteiro, sem limite de idade;
Inscrições: As inscrições para o Congresso Nacional ainda não estão abertas e só serão liberadas no início do próximo ano. Já as inscrições para o Encontro Mundial estão abertas atualmente apenas para estrangeiros. O período de inscrições para os jovens brasileiros será liberado em outubro;
Hospedagem: Os participantes do Congresso Nacional precisarão escolher hospedagem por conta própria, na rede hoteleira de Foz do Iguaçu, albergues ou mesmo na casa de amigos e parentes. Já para o Encontro Mundial, os participantes brasileiros terão alojamento em escolas, ginásio e casas de família incluído no valor da inscrição. Hospedagem em hotéis são de responsabilidade dos inscritos que preferirem essa modalidade.
Valores: O valor da inscrição para o Congresso Nacional ainda não foi divulgado. Para o Encontro Mundial de Jovens já estão disponíveis, aos participantes estrangeiros, os pacotes e seus respectivos preços, de acordo com o tipo de hospedagem escolhida (informações encontradas no site do evento). Para os jovens brasileiros, veja tabelas de valores abaixo:
Até 31.12.2011 - R$160,00
Até 01.03.2011 - R$180,00
Até 31.05.2012 - R$200,00
Até 30.06.2012 - R$220,00
Na hora do evento - R$250,00 - se tiver vaga
IMPORTANTE!Para informações mais detalhadas sobre o Encontro Mundial de Jovens da RCC, acessehttp://www.mundial2012.rccbrasil.org.br/.  Além de constantes atualizações, as inscrições, assim que liberadas, serão feitas exclusivamente através deste site.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um ano em obras: Tempos de construção e reconstrução


Neste mês no qual celebramos o primeiro ano das obras de construção da Sede Nacional, o Portal RCCBRASIL vai fazer um resgate dos textos e moções que vêm inspirando estes tempo
Em setembro de 2010, trabalhadores e máquinas começaram a movimentar o terreno da RCCBRASIL nas margens da Rodovia Presidente Dutra, na cidade de Canas/SP. Eram as primeiras obras para concretizarmos o sonho da Sede Nacional. Depois de muitos meses de terraplenagens, construções e acabamentos, já podemos ver finalizada a capela Cenáculo Nossa Senhora de Pentecostes.
Mas o mover de Deus para que pudéssemos ter a Nossa Casa não parte apenas do sonho e do desejo que nós, carismáticos, temos em possuir um lugar para chamar de nosso.
O Senhor vem falando, apontando caminhos e mostrando a via que devemos trilhar para que obra seja completa e aconteça conforme a Sua vontade.
Neste mês no qual celebramos o primeiro ano das obras de construção da Sede Nacional, o Portal RCCBRASIL vai fazer um resgate dos textos e moções que vêm inspirando estes tempos que vivemos.
Moções proféticas para os tempos de hoje, tempos de construção e reconstrução(Trechos extraídos da edição 60 da Revista Renovação)
As palavras-chave da profecia para nós, hoje, são: PORTAS ABERTAS, RECONSTRUÇÃO, REVOGAÇÃO DE SENTENÇAS, DISPOSIÇÃO DE ATACAR AS BRECHAS E RECONSTRUIR OS MUROS E PALAVRA DE DEUS COMO NORTE PARA GUIAR NOSSA VIDA.
Em janeiro de 2009, durante o Encontro Nacional de Formação, Márcio Zolin partilhava conosco que clamando a Deus pelas necessidades da RCC, recebemos resposta à oração em Isaías 45, 1-3 e Sofonias 3, 14-20, que nos falam de portas abertas, de libertação, de revogação de sentenças.  Também no mesmo ENF de 2009, na adoração ao Santíssimo, no último dia do Encontro, o Senhor nos dizia: “Eu quero me apresentar diante de vocês como a porta permanentemente aberta.” Recebemos a confirmação em Apocalipse 3, 7-8, que nos fala de uma porta aberta pelo Santo e Verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, uma porta que ninguém pode fechar.
Nós nos apossamos da promessa, na Palavra, e sentenças começaram a ser revogadas. Muitas vezes são proferidas palavras más, palavras de derrota, de murmuração que caem como uma sentença sobre nossas vidas e nossa missão, e essas palavras não são repreendidas, ninguém as rebate, fica um silêncio. A Palavra de Deus é a voz que rompe o silêncio, é a voz que rebate o mal e o confronta. Apossando-nos da promessa, na Palavra, nós vimos portas se abrirem e nossos esforços começaram a dar frutos.
Estamos vivendo um Kairós, um tempo especial de graça, de portas se abrindo, de revogação de sentenças. Isso já é um fato. Já vemos isso pelos frutos, pelas mudanças e testemunhos. No entanto, só vê isso na sua vida quem tem a coragem de olhar para as brechas da sua vida e mudar de atitude. Nesse tempo de graça que estamos vivendo, quem iniciar um programa de mudança de vida vai ter êxito, vai ter sua vida pessoal e sua missão reconstruídas.  Sentenças serão revogadas, pessoas serão libertas de vícios, de dívidas, de desajustes, de problemas familiares. A construção de nossa Sede Nacional, um projeto tão grande, que envolve tantos desafios, vai servir de sinal para nós de que, por maiores que pareçam os desafios e dificuldades, se os enfrentarmos com fé, na força da Palavra, nós teremos bom êxito. No entanto, só terá a coragem de enfrentar os problemas quem guardar a promessa no coração e tiver fidelidade na oração.
Durante a reunião do Conselho Nacional fizemos uma noite inteira de vigília. Na primeira hora, estando toda a Renovação do Brasil representada, sem faltar nenhum estado, nenhum ministério, o Senhor falou em profecia: “Coragem, não tenham medo. Erguerei muralhas de fogo em torno de vocês para proteger o que precisa ser construído, e também reconstruirei as muralhas na vida de cada um, as que desabaram. Quero vigias que zelem com fidelidade os projetos que estão no meu coração”. A confirmação veio em II Reis 6, 8-17, onde Deus dá ao profeta Elias a capacidade de ver carros e cavaleiros de fogo ao redor da cidade para protegê-los, um exército celestial muito maior do que o exército que o rei da Síria havia enviado para combatê-los.
Deus quer fazer sua obra de reconstrução em nós. O nosso SIM para Ele começar a agir será a nossa mudança de atitude: mudar de uma atitude de desânimo para uma de fé, de conversão, de confiança na Palavra. A obra é mais espiritual do que material. O material será consequência do espiritual. Durante o ENF deste ano, veio da assembleia uma confirmação disso em 1 Pedro, 4-5.9-10. A construção da Sede da Renovação é o pretexto do qual Deus quer se servir para reconstruir as nossas muralhas: a nossa identidade, a nossa vida espiritual, a nossa santidade.
A partir de agora somos todos “construtores”. Mãos à obra!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

DENÚNCIA: Folheto O DOMINGO, via da Teologia da Libertação e do Ateísmo


Há, como já foi denunciado pelo querido padre Paulo Ricardo, um poder paralelo na Igreja do Brasil, isto é, tem alguns teólogos por aqui subestimando o Santo Padre e se enveredando por “novas formas de fazer teologia”, coisa de quem rejeita e vilipendia um dos preceitos religiosos mais importantes: a obediência. O problema é novamente a Teologia da Libertação. Hoje não adianta mais uma doutrina ser condenada pelo Papa pra ela deixar de ser propagada… Pelo contrário. Parece que é quando chega a desaprovação de Roma que se tem cada vez mais desejo de difundir a heresia. Trágico.
O folheto litúrgico-dominical “O Domingo”, da Editora Paulus, já há algum tempo tem sido promotor de confusão por muitas paróquias Brasil afora. Na última edição do guia, temos mais um exemplo de cretinice teológica. Foi publicado um texto extraído do livro Caminhos de existência, obra do pe. João Batista Libanio. No trecho referido, ele exalta o secularismo, cita Leonardo Boff e faz até um elogio à militância ateia. Segue uma fotografia do material, publicada pelo Thiago Carvalho no seu Facebook (clique na imagem para ampliar).


“Não poucos cristãos desencantaram-se da trajetória religiosa tradicional que levavam. Embarcaram de peito aberto no processo de secularização. Aprenderam a valorizar as realidades terrestres, a reconhecer-lhes a autonomia, a entusiasmar-se pelo compromisso social. Tiveram a graça de encontrar nesse novo caminho não a perda da fé, mas purificação e aprofundamento.” Definitivamente, o processo de secularização não é esta joia formosa que tenta descrever pe. Libânio. A tentativa de tirar Deus da esfera política, de impedir manifestações religiosas cristãs nos espaços públicos sob a alegação de que o Estado é laico, estas são manifestações verdadeiramente secularistas. E ao atentarmo-nos a examinar as suas conseqüências práticas, veremos não “purificação e aprofundamento”, mas sim “perda de fé”! Quando um católico começa a dizer que a discussão da descriminalização do aborto não pode abarcar os argumentos preciosos oferecidos pela bioética cristã, por exemplo, está trilhando justamente este caminho de rejeição prática da fé. Quando não se importa em ver símbolos religiosos sendo retirados de lugares públicos, quando se alegra com o fato de que os sacerdotes deixem de usar batina, igualmente. É deste “humanismo” pernicioso que estamos falando, do “humanismo” que tem vergonha de Deus? Então, definitivamente, não há nada de proveitoso nisto.
Libânio, no entanto, tem uma carta na manga. E esta consiste em defender o referido secularismo utilizando como base a Encarnação do Verbo (recorre-se inclusive ao herege e enganador Leonardo Boff). Funciona mais ou menos assim: ora, se Deus mesmo se fez homem, por que não o secularismo? É como se, ao se fazer Homem, Deus tivesse deixado de sê-Lo… Absurdo, não?! Pois é isto o que esta gente quer nos fazer acreditar: que é perfeitamente possível andar com Cristo sem precisar adorá-Lo, que é perfeitamente normal passar diante do Santíssimo e não fazer sequer uma genuflexão para reverenciar o Rei, que é perfeitamente possível ser “católico” mesmo não querendo obedecer à Igreja e curvar-se diante da autoridade do Papa e dos bispos em comunhão com Ele… Ora, Cristo chama a seus discípulos de amigos, sim, mas não os dispensa da necessidade de adorá-Lo, servi-Lo, temê-Lo e, sobretudo, obedecê-Lo. Ele é verdadeiramente Homem, padeceu por nossos pecados, e, neste sentido, realmente “trilhou aqui na terra trajetória humana até o extremo”; mas isto – por que têm tanta dificuldade em aceitar isto? – não lhe tirou a divindade. Ele continua sendo o Verbo, consubstancial ao Pai, gerado por este deste todos os séculos. Esta é a fé da Igreja.
No último parágrafo do texto, a coisa fica ainda mais escandalosa. Pe. Libânio se refere ao socialista ateu – o termo utilizando é “militante ateu”, e não “ateu militante” – como aquele “que dedica heroicamente (!) a vida à libertação dos pobres e à construção de sociedade justa e fraterna”. E, de acordo, com as normas da gramática, o uso da vírgula torna explicativa a oração subordinada adjetiva. Ou seja, ele quis dizer não que alguns militantes ateus são heróis – o que já seria escandaloso de se ler num texto católico -, mas que todos eles são modelos de luta social a serem seguidos. Não bastava humanizar o Cristo a ponto de secularizá-Lo, parte-se à divinização dos materialistas…
Esta é a Teologia da Libertação, filha mais nova do bolchevismo ateu, que é, segundo Pio XI, um “sistema cheio de erros e sofismas, igualmente oposto à revelação divina e à razão humana; sistema que, por destruir os fundamentos da sociedade, subverte a ordem social, que não reconhece a verdadeira origem, natureza e fim do Estado; que rejeita enfim e nega os direitos, a dignidade e a liberdade da pessoa humana” (Divini Redemptoris, n. 14).
Estamos com o Papa.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Católico adora Nossa Senhora?


“Depende da precisão!”, respondeu alguém já irritado com tantas questões a respeito. De fato, isso não é uma pergunta intrigante. É irritante. Mas é compreensível, quando se leva em conta a linha de raciocínio da teologia e da prática devocional protestante.

Na cidade onde eu nasci tinha uma enfermeira evangélica. Certo dia aconteceu um acidente: uma caminhonete dessas que trazia gente da zona rural para a feira virou com todo mundo na carroceria. É possível imaginar o destroço. No hospital, um senhor em particular estava desesperado, por causa de sua esposa que corria risco de vida.

A enfermeira evangélica veio consola-lo e, com bastante sensibilidade, dizia que ficasse despreocupado, pois Deus o amava. Ele a abraçava e, chorando, dizia: “Ah! Meu padrinho Cícero!”. Ou então: “Oh! Minha Nossa Senhora!”. Não tem jeito. O povo é mesmo devoto.

Mas não se trata de uma adoração. O Catecismo da Igreja Católica esclarece: “A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante de seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. É prosternação do Espírito diante do ‘Rei da Glória’ e o silêncio respeitoso diante do Deus ‘sempre maior’” 1. Definitivamente, não é esse o sentimento de um católico em relação a Maria, mãe de Jesus.

Talvez o principal argumento bíblico em favor do culto mariano seja a expressão que São Lucas colocou na boca da própria Maria: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1, 48). Portanto, a honra que a ela se dedica é legitima e ocupa lugar especial na Igreja. Desde remotos tempos a Virgem Maria é venerada sob o título de “Mãe de Deus”: “Este culto (…) difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente”2.

Entendida sem preconceitos, a devoção Mariana não se opõe ao culto de adoração ao Senhor, mas o favorece. Até porque também ela adora a Deus de todo o coração: “Minha alma glorifica ao Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 46b-47).

É verdade que, na prática, esse limite entre adoração e veneração – que conceitualmente parece-me muito claro – às vezes se apresenta um pouco tênue. As razões disso são históricas, assim como históricas são também as razões porque, em geral, os protestantes estão sempre combatendo as devoções do catolicismo popular. O catolicismo brasileiro é de origem portuguesa, marcado por um certo distanciamento entre o fiel e Deus. Essa distância era resolvida com a intermediação dos santos e, principalmente, através da figura materna de Maria. Numa sociedade autoritária e patriarcal, a imagem de Maria no devocionário popular chegava a contrastar com a de Deus Pai, possivelmente associada a medo e castigo. Por isso muita gente – por assim dizer – sente-se mais à vontade com Nossa Senhora.

Por sua vez, o protestantismo que se instalou no Brasil é de origem americana. “Embora muitas mentes influentes (…) relutassem em negar que os católicos fossem cristãos, num sentido geral a ação missionária protestante dirigiu-se de modo a desconhecer essa qualidade nos católicos. Eles foram nivelados aos demais não cristãos”3. Desde a Constituição Brasileira de 1891, que garantiu o livre exercício e propagação da fé protestante no Brasil, que a maioria das igrejas evangélicas criticam o catolicismo e combatem fortemente os “erros do romanismo”.

As raízes puritanas tornaram o protestantismo brasileiro muito agressivo. “Os puritanos (…) sentem-se (…) com o direito e a liberdade de construir no Novo Mundo um Estado puritano para servir de orientação a todos os verdadeiros cristãos em todos os lugares. Sentiam-se como o povo escolhido de Deus, tanto no sentido espiritual como no intelectual”4. Nesse quadro ideológico, dá até para entender porque os Estados Unidos, ainda hoje, acham-se no direito de interferir na política interna de quase todos os países do mundo.

De qualquer forma, a piedade da Igreja Católica para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao próprio culto cristão5. É inevitável uma certa mistura. Mas não creio que Deus se ocupe muito com essas questões conceituais. Ele está mais interessado na disposição do coração do fiel. Creio, sim, que essa coisa de perseguir a Virgem Maria não dá muito certo. Cai por si mesmo. Tenho uma amiga que diz que não tem quem tire da cabeça dela que quem quebrou aquela imagem de Nossa Senhora Aparecida e jogou no rio Paraíba foi um crente. E veja no que deu: no maior santuário mariano do Brasil. Não é muito vantajoso denegrir a imagem daquela que o próprio Deus fez questão de exaltar (cf. Lc 1, 28-30). E isso os verdadeiros evangélicos sabem muito bem.

Outrossim, é bom lembrar que os rótulos (“católico”, “crente”, “renovado”, “batizado”, etc) não refletem necessariamente o conteúdo. Conheço pessoas que praticam variadas formas de religiosidade. Frequentam missa, adoração, grupo de oração. Dizem-se amantes da Igreja e do Papa. Só assistem programação católica na televisão e no rádio. Mas não conseguem traduzir na vida o conteúdo de sua fé.

Soube de uma mulher que fazia todas as coisas relativas à manutenção da Igreja e, quando ia embora, passava antes na sala do padre e dizia: “Padre, se o senhor espirrar, saúde, viu?” Quem contou isso deve estar exagerando. Mas a sátira ajuda a perceber que não são os rótulos que fazem os cristãos.

Em certa ocasião alguém passou um bom tempo diante de mim criticando um casal de uma determinada religião porque havia deixado o filho morrer em vez de permitir que lhe fizessem uma transfusão de sangue. Sua crítica era incisiva e até com certa razão. Mas algo me ocorreu no momento. Foi então que disse: “Eles foram capazes de permitir a morte do filho por causa da mentira em que acreditam. E nós? O que somos capazes de fazer pela verdade em que cremos?”.