"Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti." Santo Agostinho

Formaçôes


Convertidos à missão


A partir da tarde de sábado, a programação do XXX Congresso Nacional e do Encontro Mundial de Jovens passou a ser unificada.  A pregação tratou sobre a temática missionária. Dom Jose Azcona, bispo prelaz da Ilha do Marajó, deu seqüência ao tema, após o testemunho de Salomão Ronaldo. O bispo iniciou o momento louvando a Deus pelo espírito missionário da RCC o qual tem sido concretizado através do Marajó pela misericórdia de Deus.
   
A carta Redemptorius Missio, citada por Dom Azcona, descreve a experiência de Pentecostes e, ao mesmo tempo, o que é a vida missionária da Igreja e a condição para ela acontecer. A missão da Igreja é como a de Jesus: é obra do Espírito Santo. A experiência de Pentecostes é intensa e transforma as pessoas em novas criaturas. Ele lembrou que todos somos chamados e enviados como testemunhas e profetas e que somente o Espírito Santo dá testemunho de Jesus e nos capacita assim como fez com os apóstolos.

Não existe missão na Igreja se a RCC não assumir verdadeiramente este chamado, esta identidade. Não seríamos cristãos. “A RCC pode ter carismas, mas se não der testemunho, ela não é absolutamente nada”, falou Dom Azcona. Ele ainda destacou que o arrependimento é imprescindível para a conversão e que devemos fazer uma pregação que convide às pessoas à contrição pelas ofensas antes feitas a Jesus. Não podemos desviar nossa pregação. O Espírito Santo quer pessoas com vida de testemunho e de salvação.

“Ide!”. Segundo Dom Azcona, este mandado missionário de Jesus tem que tocar o mais íntimo de nosso coração. “Precisamos nos converter ä missão em obediência ao Cristo crucificado. O nome de Jesus não pode ficar esquecido. Temos que pregar com testemunho. Na RCC, não nos envergonhemos do Evangelho. Porque este nos sustenta e defende aquele que prega e o que ouve”, destacou.

Dom Azcona testemunhou ainda suas críticas pessoais e tentações quando, no início, se sentiu chamado a ir ao Marajó. “O missionário deve se romper”, falou. “Quer me seguir, pegue sua cruz e siga-me”, lembrou bem as palavras de Jesus, como também, das perseguições inclusive de morte por ter abraçado a missão. “Digo que se tiver que dar meu sangue por Jesus, se Ele me chamar a morrer por estas ovelhas, será o dia mais feliz da minha vida; o cume; o fecho mais perfeito da minha vida pelas ovelhas que Ele me encomendou”, falou em alta voz, o bispo.

Falando sobre o tema do Congresso, Dom Azcona ressaltou que para apascentarmos as ovelhas é preciso morrer por elas. “Amo o Marajó. Quero Morrer no Marajó. Quero entregar a minha vida a todo esse momento que Deus me deu. Jovens, não tenham medo. É o Espírito Santo que vos faz dar esse tipo de testemunho por Jesus. Vão até o fim do mundo por Jesus, além da família e de sua pátria”, concluiu.

Com os corações instigados e inflamados pelas palavras do bispo, os jovens responderam, de braços erguidos, em sinal de entrega ao chamado missionário.
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Como a arte nos ajuda na relação com Deus


Em sua série de catequeses sobre a oração, o papa Bento XVI dá continuidade aos seus ensinamentos falando sobre a relação da arte e a elevação à Deus.


Queridos irmãos e irmãs:


Neste período, recordei muitas vezes a necessidade que todo cristão tem de encontrar tempo para Deus, através da oração, em meio às muitas ocupações da nossa jornada. O próprio Senhor nos oferece muitas oportunidades para que nos lembremos d'Ele. Hoje eu gostaria de falar brevemente de um desses meios que podem nos conduzir a Deus e ser também uma ajuda para encontrar-nos com Ele: é o caminho das expressões artísticas, parte dessa via pulchritudinis – “via da beleza” – da qual falei tantas vezes e que o homem deveria recuperar em seu significado mais profundo.

Talvez já tenha lhes acontecido que, diante de uma escultura, um quadro, alguns versos de poesia ou uma peça musical, tenham sentido uma íntima emoção, uma sensação de alegria; percebem claramente que, diante de vocês, não existe somente matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela pintada, um conjunto de letras ou um cúmulo de sons, e sim algo maior, algo que nos “fala”, capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma. Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, que tenta descobrir o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons. A arte é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a busca do infinito. Inclusive é como uma porta aberta ao infinito, a uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano. E uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, conduzindo-nos ao alto.

Há expressões artísticas que são verdadeiros caminhos rumo a Deus, a Beleza suprema, que inclusive são uma ajuda para crescer na relação com Ele, na oração. Trata-se das obras que nascem da fé e que a expressam. Um exemplo disso é quando visitamos uma catedral gótica: sentimo-nos cativados pelas linhas verticais que se elevam até o céu e que atraem nosso olhar e nosso espírito, enquanto, ao mesmo tempo, nos sentimos pequenos ou também desejosos de plenitude... Ou quando entramos em uma igreja românica: sentimo-nos convidados de forma espontânea ao recolhimento e à oração. Percebemos que nesses esplêndidos edifícios se recolhe a fé de gerações. Ou também quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, nossa alma se dilata e se sente impelida a dirigir-se a Deus. Vem-me à memória um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique, dirigido por Leonard Bernstein. No final da última peça, uma das Cantatas, senti, não racionalizando, mas no profundo do coração, que o que eu havia escutado havia me transmitido verdade, verdade do sumo compositor que me conduzia a dar graças a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique e espontaneamente lhe comentei: “Ouvindo isso se entende: é verdadeira, é verdadeira a fé tão forte e a beleza que expressa irresistivelmente a presença da verdade de Deus”.

Quantas vezes quadros ou afrescos, frutos da fé do artista, com suas formas, com suas cores, com suas luzes, nos conduzem a dirigir o pensamento a Deus e fazem crescer em nós o desejo de acudir à fonte de toda beleza! É profundamente certo o que escreveu um grande artista, Marc Chagall: que os pintores mergulharam seus pincéis, durante séculos, no alfabeto de cores que é a Bíblia. Quantas vezes as expressões artísticas podem ser oportunidades para lembrarmos de Deus, para ajudar nossa oração ou para converter o nosso coração! Paul Claudel, famoso poeta, dramaturgo e diplomata francês, ao escutar o canto do Magnificat durante a Missa de Natal na basílica de Notre Dame, em Paris, em 1886, advertiu a presença de Deus. Não havia entrado na igreja por motivos de fé, mas para encontrar argumentos contra os cristãos. No entanto, a graça de Deus agiu no seu coração.

Queridos amigos, eu lhes convido a redescobrir a importância deste caminho também para a oração, para a nossa relação viva com Deus. As cidades e os países do mundo inteiro contêm tesouros de arte que expressam a fé e nos recordam a relação com Deus. Que a visita a lugares de arte não seja somente ocasião de enriquecimento cultural, mas que possa se tornar um momento de graça, de estímulo para reforçar nosso vínculo e nosso diálogo com o Senhor, para deter-nos a contemplar – na transição da simples realidade exterior à realidade mais profunda que expressa – o raio de beleza que nos atinge, que quase nos “fere” e que nos convida a elevar-nos até Deus. Termino com uma oração de um salmo, o salmo 27: “Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida; poder gozar da suavidade do Senhor e contemplar seu santuário” (v.4). Esperemos que o Senhor nos ajude a contemplar sua beleza, seja na natureza ou nas obras de arte, para sermos tocados pela luz do seu rosto e, assim, podermos ser, também nós, uma luz para o nosso próximo.

Obrigado.

No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:

Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos. Procurem descobrir na arte religiosa um estímulo para reforçar a sua união e o seu diálogo com o Senhor, através da contemplação da beleza que nos convida a elevar o nosso íntimo para Deus. E que Ele os abençoe. Obrigado!

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Formação Identidade da RCC

Inicio fazendo uma pergunta. É fácil identificar o homem(ser humano) de forma completa e definida(biologicamente, filosoficamente, psicologicamente, teologicamente e socialmente)? É um pouco difícil, não é? Mas mesmo tendo um pouco de dificuldade, ainda somos capazes de identificar um pessoa.
Esta mesma dificuldade se tem de um movimento religioso como a RCC.Mas assim como o homem, ela pode ser identificada, porque ela possui características que a aproximam de outros movimentos, bem comoalgumas que lhe são próprias. Percebemos isto nas próprias pessoas; existem pessoas que tem características que as assemelham a outras, mas também existe pessoas que tem características específicas, próprias e que confirmam que aquela pessoa é que ela é por causa destas características específicas.
Com a RCC é assim, ela tem características que confirmam que a RCC é quem é por causa destas características. Com isso queremos afirmar que a RCC tem identidade(nome e sobrenome). Assim como o homem recebe sua identidade espiritual no Batismo Sacramental e a partir daí passa a ser filho de Deus; o nosso Movimento recebe sua identidade com o Batismo ou Efusão no Espírito Santo e que a partir daí passa a ser RCC ou Renovação Pentecostal Católica.
A RCC possui muitas características e todas nos dizem que a Renovação é Renovação(como as do ser humano nos dizem que ele é ser humano), e todas nos ajudarão a conhecer nosso Movimento. Destacamos aqui três principais a serem analisadas, são elas:
- Batismo no Espírito Santo;
- Prática dos carismas(caráter extraordinário);
- Formas de vida comunitária.


Estas três características são o DNA da Renovação(a espinha dorsal), sendo que se em algum Grupo faltar uma delas, não poderá ser tido como um genuíno organismo do nosso Movimento. Para identificar nossa espiritualidade com exatidão precisamos entender que sua essência é o Batismo no Espírito Santo e os seus desdobramentos são as manifestações dos carismas bíblicos, que se encontram em Marcos 16, 17-18 1Coríntios 12, 7-10, bem como as comunidades de aliança, de vida e os próprios Grupos de Oração.
O que se entende por identidade é formado por características ou dados próprios do ser que se deseja identificar, seja este ser uma pessoa ou uma instituição social.
Identificar a RCC só é possível porque ela possui algo próprio, que são os elementos básicos de sua espiritualidade. Quem nos olhar de fora nunca irá nos confundir com outro movimento ou expressão, como Focolares, Vicentinos, Terço dos Homens, Legião de Maria, etc. Tudo isso para dizer e entender que cada movimento são expressões da Igreja, um jeito da Igreja se manifestar e são estas características que atraem as pessoas para eles(movimentos). Cada um conserva algo próprio, algo que os tornam únicos na comunidade dos cristãos.
Além dos três elementos básicos(características) que identificam a RCC, existem muitos outros dados que a identificam, como:
- Aceitação incondicional de Jesus como Salvador pessoal e Senhor absoluto;
- Amar a nós mesmos como filhos de Deus;
- Amar Deus como Pai;
- Cultivar os dons de nossa santificação;
- Docilidade ao Espírito Santo;
- Engajamento pastoral;
- Experiência de filhos de Deus;
- Fé carismática;
- Sólido e equilibrado relacionamento com Maria, Mãe de Jesus e nossa;
- Coração missionário;
- Amor e zelo pelo Evangelho;
- Reconhecimento de nossa realidade pecadora;
- Relacionamento fraternal com os santos;
- Vivência sacramental;
- Promoção humana e espiritual dos filhos de Deus;
- Engajamento sociopolítico;
- Conversão.


Tudo isso perpassa, em forma de frutos, todo o perfil da RCC. Mas não são suficientes para identificá-la, porque são patrimônios em parte, de todas as espiritualidades genuinamente católicas. Um exemplo, amor e zelo pelo Evangelho marcam os Franciscanos e focolarinos; promoção humana e espiritual dos pobres é o objetivo dos vicentinos; o engajamento sociopolítico recheia as CEB's. Na RCC, estes dados se encontram em vários estágios.

FONTE DE PESQUISA: Apostila 1 Módulo Básico da RCC(Identidade da Renovação Carismática Católica).
FORMADOR: Vanderlei Bernardo Dias(Coordenador do Ministério de Formação)

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Formação Batismo no Espírito Santo


O Batismo no Espírito Santo ainda é pouco para nos identificar, mas é a essência de nossa espiritualidade, e reconhecer isso é sinal de maturidade e não de espanto. A razão é simples: toda pessoa cristã, cujo batismo seja válido, foi batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Portanto, todas são batizadas no Espírito Santo. Todos os movimentos católicos podem dizer, que seus membros são batizados no Espírito Santo, até mesmo as pessoas que não pertencem a nenhum movimento religioso, a nenhuma forma de congregação religiosa, sendo batizadas sacramentalmente, podem dizer que são batizadas no Espírito Santo, foi o que Jesus ordenou em Mateus 28, 19-20.

O fato novo que tem ocorrido na RCC, em relação ao Batismo no Espírito Santo, é que no seu seio essa graça tem sido dinâmica e se renova continuamente, como acontecia na Igreja Primitiva é uma renovação constante do Batismo Sacramental. Essa renovação, com o seu dinamismo, nos tem dado uma identidade ímpar e infelizmente única; o ideal é que todos os católicos, senão todas as pessoas, vivam essa graça.
O Batismo no Espírito Santo é o fato gerador de nossa espiritualidade e com ela nossa identidade. É com o Batismo Sacramental que tudo começa para o cristão, é com a Efusão do Espírito Santo que tudo começa para a RCC. O Batismo no Espírito Santo não é o fim da RCC, ele é seu princípio(tanto como início, quanto como norma).

Conceito:

O Batismo no Espírito Santo não pode ser confundido com o Sacramento do Batismo ministrado com rito próprio pela Igreja, pois não são a mesma coisa. O Batismo no Espírito Santo não é uma repetição do Batismo Sacramental. Vejamos o que ele é em primeiro momento, em João 7, 37-39.

O Espírito Santo é apresentado metaforicamente(substituição natural de uma palavra por uma semelhante) como sendo um Rio de Água Viva.
A segunda idéia para o conceito de Batismo no Espírito Santo está no significado etimológico(origem) da palavra batismo, que no grego, donde ela vem, designa o ato de submergir, de mergulhar.
Então, este batismo feito por Jesus é depois ministrado pelos discípulos aos demais cristãos, é um verdadeiro mergulho no Rio de Água Viva que é o Espírito Santo.


O desejo do Senhor é que sejamos mergulhados por Ele em seu próprio Espírito. É por isso que João Batista revelou que Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo(que mergulha no Espírito Santo).
O termo Batismo no Espírito Santo designa o fenômeno espiritual que consiste no ato de uma pessoa acolher a divina graça de ser colocada no coração da Terceira Pessoa da Trindade por meio da ação do Filho.
Falando de Efusão do Espírito Santo, queremos ressaltar que a palavra efusão vem de efundir, que é formada pelo verbo fundir antecedido pelo prefixo "e": e+fundir. Uns dos significados de "fundir" está o de unir, juntar e o prefixo "e" leva ao significado de movimento externo, para fora: como sair por exemplo. Assim, efundir  significa verter(fazer correr para fora), entornar, espalhar-se, derramar-se; concluímos assim que efusão é o ato de efundir-se.

Relacionando tudo isso, é natural dizer que a Efusão do Espírito Santo é o ato de Jesus derramar sobre os crentes seu próprio Espírito. O Batismo Sacramento designa o movimento de Jesus introduzir a pessoa crente no Rio de Água Viva, já a Efusão leva a idéia de que o crente é plenificado pelo Espírito Santo que a ele vem, sempre por um ato de Jesus que O envia, que O derrama sobre quem crê. Ambas significam uma única realidade espiritual, que é a graça da plenitude do Espírito Santo, concedida a uma pessoa que crê em Jesus.
Concluímos que o termo Batismo no Espírito Santo nomeia a graça pela qual o Pai e o Filho nos dão do seu Espírito, também pode ser designado de Efusão do Espírito Santo, para significar o seu derramamento sobre nós. De forma que, Batismo no Espírito Santo significa nosso "mergulho" n'Ele e Efusão, seu "derramamento" sobre nós.


FONTE DE PESQUISA: Apostila 1 Módulo Básico da RCC(Identidade da Renovação Carismática Católica).
FORMADOR: Vanderlei Bernardo Dias(Coordenador do Ministério de Formação do Grupo de Oração Chama Viva).

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Fundamentos do Batismo no Espírito Santo

a) Fundamentos Bíblicos:

O Batismo no Espírito Santo é mas conhecido no Novo Testamento, embora no Velho Testamento já tenha acontecido na vida dos profetas(Números 11, 1-30).
No Novo Testamento vemos nas narrações evangélicas do profeta João Batista, revelando que o Messias batizaria no Espírito Santo e no fogo(Mateus 3, 11/ Marcos 1, 8/ Lucas 3, 16 e João 1, 33).
Logo depois Jesus prometeu aos discípulos que rogaria ao Pai para que Ele mandasse outro Paráclito, isto é, o Espírito Santo, e instrui acerca do Espírito e de sua missão(João 14, 15-16.26/ João 15, 26 e João 16, 7-15).
Após a Ressurreição o Senhor sopra sobre os discípulos o Espírito Santo(João 20, 22), Jesus também fez promessas do envio do Espírito(Lucas 24, 49 e Atos 1, 8) e por fim Lucas narra o cumprimento da promessa(Atos 2, 1-11).
Quando falamos de Batismo no Espírito Santo, nos referimos a uma graça espiritual com profundas raízes bíblicas lançadas pelo profeta João Batista e pelo próprio Jesus. Jesus instruiu os discípulos e depois os batizou no Espírito Santo.

b)Fundamentos Doutrinários: 

A doutrina sobre o Batismo no Espírito Santo se formou a partir dos ensinamentos que Jesus ministrou pessoalmente aos Apóstolos e que transmitiram à Igreja Primitiva. É a partir desta Sagrada Tradição que compreendemos os fundamentos doutrinários da Efusão do Espírito Santo.
No tempo da Igreja Primitiva, quando a Sagrada Tradição estava se formando, o Batismo no Espírito Santo não gerava polêmica entre os crentes, nem tampouco perplexidades.
O Documento Avivar a Chama vai concluir que: "a iniciação cristã é Batismo no Espírito Santo" e ainda vai nos dizer mas:
"Os pentecostais ortodoxos(pentecostais protestantes) não inventaram o Batismo no Espírito Santo. Ele pertence à integridade da iniciação cristã testemunhada pelo Novo Testamento e pelos primeiros mestres pós-bíblicos da Igreja. Pedro descreve os elementos essenciais da iniciação cristã com estas palavras: 'Convertei-vos e cada um peça o Batismo em nome de Jesus Cristo, para conseguir perdão dos pecados. Assim recebereis o dom do Espírito Santo'(Atos 2, 38). A vida cristãcomeça com uma conversão à pessoa de Jesus, mas também envolve, essencialmente, o dom do Espírito Santo.
Baseado na doutrina da Igreja tiramos um conclusão lógica: o Batismo no Espírito Santo é liturgia pública e é normativoAlguns teólogos e santos da Igreja tinham o Batismo no Espírito Santo como sinônimo de iniciação cristã e também consideravam o recebimento de carismas parte integrante da iniciação cristã.
São Tomás de Aquino em sua obra, a Suma Teológica disse: "A cada novo envio do Espírito a graça passa a operar de um modo absolutamente novo, cada novo envio do Espírito produz uma verdadeira vida nova".
O Catecismo recolhe essa doutrina nos seus números: 696, 731, 746, 1287 e 1699. No 696 repete Lucas 3, 16, nos números 731 e 746 fala-se da Efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Algo bom e reconfortante vem no número 1287 e o 1288 segue dizendo que os Apóstolos seguiram comunicando esta graça a todos os que creram em Jesus e que esta graça é perpetuada na Igreja.
Concluímos dizendo que a Doutrina da Igreja, formada a partir da Tradição Apostólica, passando pelos séculos chegou aos nossos diasfundamentando o Batismo no Espírito Santo.


FONTE DE PESQUISA: Apostila 1 Módulo Básico da RCC(Identidade da Renovação Carismática Católica).
FORMADOR: Vanderlei Bernardo Dias(Coordenador do Ministério de Formação do Grupo de Oração Chama Viva).

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Ser o mesmo no 'palco' e na vida




Olá! Mais uma vez vamos refletir sobre algo importante para nosso ministério: "Quem sou eu quando estou ministrando música?"

O Senhor, para o qual trabalhamos, nos conhece perfeitamente, e já sabemos também que os principais necessitados do nosso ministério e da realização do nosso ministério somos nós mesmos. Tendo em vista que o Senhor nos conhece, precisamos tirar as máscaras que trazemos diante d'Ele. Devemos nos Apresentar diante de Jesus como somos, posso até usar a expressão nus, desnudos, pois, como Jesus diz no Evangelho “Mas vem à hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja.” (João 4,23). E como afirma monsenhor Jonas:"Adorar em espírito e em verdade é adorar Jesus com a nossa vida, como estamos e como somos."

Isso é belíssimo, a liberdade que o Senhor nos dá de sermos realmente o que somos. Mas isso não pode gerar em nós uma comodidade nem podemos pensar: "Já que o Senhor me aceita como sou, então está tudo bem".

Precisamos começar um processo de conversão; para alguns a conversão é um processo duro, bem mais difícil, para outros é um processo já mais fácil; mas para todos requer muita dedicação, muito suor e até lágrimas.




Ser de Deus não é fácil, ser músico de Deus é muito mais difícil ainda, mas não devemos desanimar porque o Senhor sabe de todas as nossas qualidades e se nos chamou sabe que podemos ir à frente abrindo caminho para Sua graça acontecer na vida das pessoas.

Como está escrito: "São os violentos que conquistam o céu” (Mt 11, 12). Hoje o Senhor nos convida a sermos violentos na oração, violentos contra as tendências mundanas, violentos no amor, violentos no perdão, violentos contra o orgulho, contra a vaidade, violentos na obediência. Violentos em estudarmos para sempre dar o melhor de nós ao Nosso Senhor e, consequentemente, cada vez mais abrimos caminho para os corações encontrarem Deus, principalmente o nosso coração.

Quando perguntei: "Quem sou quando estou ministrando música?", quis dizer: Venho para o meu trabalho ministerial como sou e como estou e lutando contra minhas tendências humanas pecadoras, para ser melhor e assim deixar Deus agir em mim? Ou venho de forma que quando chego ao local do meu trabalho ministerial eu me transformo no“santo”, no “orante”, no “verdadeiro amor e perdão”, escondendo de mim mesmo a verdade, a minha verdade? Quando ministramos música não estamos representando ninguém.

Deus sabe de todas as nossas lutas, por isso precisamos ir ao Senhor sempre como pessoas que já começaram a trilhar esse caminho de conversão, pessoas que estão lutando, pessoas que caem, mas após cada queda se levantam por graça d'Ele e procuram a reconciliação com o Senhor e começam a caminhar de novo.


O demônio também sabe de todo o esforço que fazemos para sermos músicos cada dia mais de Deus, e conhecendo bem as limitações de um músico, ele sempre vai atacar nas nossas fraquezas, sempre vai querer nos pegar desprevenidos, sempre vai nos propor barreiras aparentemente impossíveis de ser transpostas. Mas como diz São Paulo: “Nenhuma prova é maior do que podemos suportar”. Precisamos enfrentar com garra, sabendo que quem nos chamou para estar aqui é maior do que nós mesmos, do que as nossas fraquezas e tendências humanas.



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